terça-feira, 29 de junho de 2010

Mais de 85% das empresas em Portugal são micro

As micro, pequenas e médias empresas eram em 2008 responsáveis por quase três quartos dos empregados no sector privado não financeiro em Portugal e mais de metade do volume de negócios. Entre todas as 350 mil empresas portuguesas, mais de 85% empregam menos de 10 trabalhadores.

Os dados constam no relatório “Estudos sobre Estatísticas Estruturais das Empresas”, hoje publicado pelo INE, que mostra que as PME – empresas com menos de 250 trabalhadores e volume de negócios abaixo dos 50 milhões de euros – continuam a ter um forte peso no tecido empresarial em Portugal.

Em 2008, existiam 349.756 micro, pequenas e médias empresas em Portugal, representando 99,7% das sociedades do sector não financeiro. Entre este universo, as microempresas (que empregam menos de 10 trabalhadores) predominam, representando 86% do total das PME.

Em 2008 existiam em Portugal mais de 300 mil micro empresas, o que representa 85,6% do total do sector privado não financeiro. Existem 42.960 empresas pequenas (menos de 50 trabalhadores), 6.568 empresas médias e 1.115 empresas grandes (mais de 250 empregados e volume de negócios acima de 50 milhões de euros).

No que diz respeito ao emprego, as micro empresas empregavam 808 mil trabalhadores, o que representa 26,9% do total. As pequenas empresas representam 26,1% do emprego e as médias 19,4%.

No sector privado não financeiro em Portugal trabalhavam 3 milhões de pessoas em 2008

Apesar do aumento de 0,6% no número de PME e do elevado peso do emprego, este desceu de 73,7% em 2007 para 72,5% em 2008.

Em 2008 cada PME empregava em média 6,2 trabalhadores, enquanto que nas grandes empresas este valor foi de 741,4 pessoas ao serviço por empresa.

O volume de negócios gerado pelas PME em 2008 rondou os 201 mil milhões de euros, cerca de 58% da facturação realizada pelas sociedades

O volume de negócios per capita nas PME registou um valor aproximadamente de 93 mil euros por trabalhador, em oposição aos cerca de 178 mil euros observados nas grandes empresas.


in: Jornal de Negócios Online

Preços mais competitivos fazem portugueses optar por sul de Espanha e ignorar apelo de Cavaco

Uma oferta hoteleira mais completa, a preços mais competitivos, é a principal razão que leva muitos portugueses a passarem férias no sul de Espanha, apesar do apelo do Presidente da República para escolherem Portugal como destino.

A agência Lusa esteve na Isla Canela, localidade balnear situada a cerca de seis quilómetros de Ayamonte, junto ao rio Guadiana e à fronteira com Portugal, onde muitos veraneantes lusos do Norte do país passam férias nos hotéis locais, contrariando o pedido de Aníbal Cavaco Silva.

Joaquim Machado, responsável comercial, residente no Porto, explicou que, "em termos de oferta, Espanha está mais à frente, porque conjugando os factores do alojamento e refeições, em Portugal é sempre mais caro".

"E hoje em dia, com a crise, temos que tomar opções. Estamos a falar de pequeno almoço e jantar, um jantar de buffet livre, mas num hotel de quatro estrelas com muito nível e que já ganhou vários prémios de gastronomia, a um preço muito acessível. E no Algarve isso é difícil", afirmou.

Joaquim Machado frisou que "no Algarve pode-se ter um alojamento equiparado em termos de preço", mas se "se forem incluídas as refeições já é muito mais dispendioso".

"Só por isso é que não sigo o apelo do [Presidente da República] professor Cavaco [Silva], porque teria todo o gosto em passar férias em Portugal. Gosto imenso do Algarve, mas esses dois fatores obrigam-me optar por Espanha", acrescentou.

A mulher de Joaquim Machado disse, por seu turno, ter falado com outros portugueses de férias na Isla Canela que destacaram a oferta dos hotéis para as crianças, que permite aos pais deixarem os filhos enquanto usufruem do descanso, situação que "em Portugal sairia muito cara".

"Optei por vir para Isla Canela porque os preços são mais competitivos e, fora do ambiente do hotel, continuam a sê-lo e não são diferentes como os que se praticam no Algarve", afirmou Amadeu Campos, bancário, de Gaia, para justificar a sua opção por Espanha.

Amadeu Campos precisou que no Algarve os preços são "totalmente diferentes" daqueles que se praticam na região onde vive, enquanto em Espanha tem qualidade de serviço e preços mais equilibrados.

Este bancário disse entender o apelo do Presidente da República para que os portugueses passem férias em Portugal, mas defendeu "o direito de escolha" mesmo em tempo de crise económica, cuja solução passa por "todos trabalharem e pagarem os seus impostos".

"Já venho para aqui há 10 anos, identifico-me com este local, faço questão de vir uma semana e descansar bastante. Este sítio proporciona-me isso. E tenho visitado às vezes familiares no Algarve e sinto-me roubado. Não é questão de pagar, porque se o preço justificasse o serviço não me importava, mas realmente o serviço não justifica o preço e isso faz-me vir a Espanha. Sinto-me bem aqui e não vejo razões para mudar", concluiu.

Noutra comparação realizada pela Lusa, uma semana de férias no Algarve, o destino nacional de eleição dos portugueses, num hotel de cinco estrelas, custa a um casal mais de 1500 euros em regime de alojamento e pequeno almoço (APA), que se optar por uma viagem até às Caraíbas consegue viajar com tudo incluído por 2000 euros.

Por mais 500 euros, um casal pode viajar até às águas quentes da República Dominicana (Punta Cana), México (Riviera Maya) ou Venezuela (Ilha Margarita) e passar sete noites (nove dias) num hotel de cinco estrelas com todas as despesas de alimentação e de transportes incluídas.


in: Jornal de Negócios Online

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Nova Iorque investe 25 milhões de euros em campanha

Atrair 50 milhões de visitantes à cidade, e inverter a tendência de queda que se tem sentido nos últimos anos é o objectivo da campanha publicitária que tem como protagonista a própria cidade de Nova Iorque.

A cidade pretende, com esta campanha, promover o destino no mercado interno e ao nível mundial, com especial enfoque para a Europa, Brasil, Canadá e Austrália.

A campanha foi desenvolvida pela NYC & Company, a entidade responsável pelo “marketing” e turismo da cidade, e surge no seguimento da estratégia lançada em 2007.

Com a duração de um ano, a campanha mantém terá tagline "See more. Be More. This is New York City" (Vê mais. Sê mais. Isto é Nova Iorque).

Televisão, imprensa e outdoors serão os principais meios em que esta será veiculada.

Fonte: Travel Biz Monitor

Governo lança "Um País que Vale por Mil"

"Descubra Portugal, um país que vale por mil" é o nome da nova campanha de promoção interna do Turismo de Portugal que será apresentada no Porto pelo ministro da Economia Vieira da Silva.

A nova campanha está orçada em três milhões de euros para o segundo semestre deste ano e 2011. O Turismo de Portugal admite que este orçamento poderá ainda ser reforçado por verbas de outras proveniências, nomeadamente, orçamentos de promoção turística regional.

A partir do final deste mês a campanha irá estar presente em centenas de "mupis" e "outdoors" na televisão, na rádio e na Internet "Para posicionar Portugal como a primeira opção de férias e fruição de tempos livres (fins-de-semana, feriados e pontes)" dos portugueses.

O slogan seleccionado foi o escolhido "por representar um conceito verdadeiro e simples – a diversidade da oferta nacional – e por ser sonoro e memorável, permitindo diversas aplicações". Por exemplo: "Portugal, uma gastronomia que vale por mil", ou "Portugal, uma paisagem que vale por mil".

"Espanha, Brasil e as comunidades portugueses residentes no estrangeiro também poderão vir a ser abrangidos por esta campanha de promoção interna devido à sua proximidade e crescente interesse demonstrado nos últimos anos", adianta o Turismo de Portugal.

No ano passado, os turistas nacionais representaram mais de um terço das dormidas realizadas em Portugal (13,24 milhões) geradas por 6,45 milhões de hóspedes.


in: Jornal de Negócios Online

Marcas capitalizam derrota da Inglaterra no Mundial

As marcas de automóvel Kia e Nissan estão ambas a veicular hoje, segunda-feira, anúncios nos jornais britânicos que capitalizam a derrota da selecção inglesa face aos alemães no Mundial de Futebol. Enquanto isso, uma cadeia de supermercados oferece um "exame oftalmológico" ao fiscal que não assinalou um golo dos britânicos.

Segundo publica o Brand Republic, a Kia lançou um anúncio no “The Times”, criado pela Inocean, que promove sete anos de garantia na compra de um dos modelos da marca e cujo “claim” é: "Oh well, at least our warranty beats the Germans" – “Enfim, ao menos a nossa garantia ganha à dos alemães”. Caso os ingleses tivessem ganho a partida, o anúncio teria a frase: “A nossa garantia também ganha à dos alemães”, conta a marca que afirma ter-se precavido para qualquer um dos cenários.

Entretanto, a Nissan lançou também hoje no “The Sun”, um anúncio para gama GT-R da marca. Criada pela TBWA, a peça afirma “One match the Germans didn't win” – “Uma disputa que os alemães não ganharam”.

Também a cadeia de supermercados Asda capitaliza a derrota da equipa inglesa, que no jogo contra a Alemanha, ontem, viu um golo a não ser assinalado, por erro de um fiscal de linha uruguaio. Hoje a marca afirma: “Oferecemos um teste de visão gratuito a qualquer pessoa com um passaporte do Uruguai”.

Fonte: Brand Republic